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GO SEE, Adventure Trips

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Sobre o GO SEE, Adventure Trips

GO SEE, Adventure Trips GO SEE, Adventure Trips é um dos locais populares listados em Travel/leisure in Lisbon ,

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Endereço: Lisboa
Lisbon,
Portugal
Telefone: +351 966812929
Site: gosee.pt ⇒

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Olá,

A GOSEE, Adventure Trips nasceu na sequência da viagem de um casal de aventureiros, que em Setembro de 2015 colocou mochilas ás costas e embarcou numa grande aventura de 14 dias sem a segurança de um roteiro previamente defenido nem reservas de alojamento ou de qualquer outro tipo, apenas ao sabor da vontade e em direção aos Himalayas, com o apoio de 3 folhas A4 com referência a algumas das aldeias e localidades que teriam de passar e distância entre elas, e um pequeno mapa, tudo entregue por quem lhes alugou a mota. A última mota que ele teve tinha sido há cerca de 20 anos atrás, nos tempos da faculdade, e era uma pequena vespa de 125cc, na altura em que era preciso carta de mota para esta cilindrada, ela nunca sequer tinha conduzido uma scooter, por isso nem motards se consideravam. Tinham a consciência que se iam aventurar na cordilheira de montanhas mais alta do mundo, nas estradas mais perigosas do mundo, no meio do transito mais caótico do mundo, conduzindo pela esquerda, com pouca experiência de motas e sem qualquer apoio de terceiros, e até pouca preparação física, podia não correr bem, mas algo os fazia sentir calmos com a ideia apesar da loucura das condições em que íam. A única certeza que tinham era de que que seria uma viagem de mota, na lendária mota Indiana 'Classic Bullett' de 500cc da Royal Enfield, pelos Himalayas na Índia.
Quando chegaram a Delhi, após um dia para conhecer esta cidade caótica e passear de rickshaw, iniciaram a sua viagem em direcção aos Himalayas de comboio até Chandigarh. Como nada estava grandemente planeado é claro que correu ao contrário, o comboio saiu muito atrasado, como é normal na Índia, de madrugada, o que os fez chegar a Chandigarh ao início da manhã e sem dormir. Aqui, estava previsto levantarem a sua nova companheira , a 'Bullett'. É claro que o que tinham mentalmente previsto era levantar a mota depois de uma noite de descanso, mas nada disso aconteceu, simplesmente levantaram a mota, de direta, e perguntaram: 'Em que direção ficam os Himalayas?' A rapariga das motas que os atendeu ficou um pouco perplexa, pegou num pedaço de papel, do tamanho de um 'post it', e escreveu as localidades que tinham de passar, eram muitas mas depois rapidamente perceberam que nem metade escreveu. Após catorze horas de condução no meio de um trânsito doido, algumas horas debaixo de um calor escaldante, outras debaixo de um frio intenso, e trinta e oito horas sem dormir, com algum apoio popular, 'sorte' á mistura, e muitas peripécias pelo caminho chegaram a Manali, cidade situada a cerca de 2050m de altitude nos Himalayas onde teriam de permanecer pelo menos durante 36 horas como forma de habituação á altitude e consequente escassez de oxigénio, evitando assim os sintomas do AMS (acute mountain sickness) ou 'mal da montanha', que em situações extremas pode ser fatal. Tinham feito alguma pesquisa na internet sobre AMS, foi-lhes entregue uma pequena botija de oxigénio caso fosse necessário, novamente a rapariga das motas, não sabiam muito bem o que fazer caso fossem vítimas de AMS, esperavam poder contar com ajuda de algum viajante. Um dia e meio depois, antes do sol nascer, com a temperatura ainda baixa iniciaram a sua subida á cordilheira de montanhas mais alta do mundo, o teto do mundo, os Himalayas, montados na lendária 'Bullett', e com uma pequena bandeira portuguesa amarrada ao retrovisor e ao sabor do vento. Passaram por lugares incríveis, conheceram pessoas incríveis, como Chacha e Chachi um casal de nativos com um pequena casa feita de pedra para apoio aos viajantes situada a cerca de 4000m de altitude no meio da montanha. Aqui, entre tibetanos, comeram o melhor arroz com feijão de toda as suas vidas, algo que nunca mais esquecerão. O ponto mais alto da sua viagem foi Kunzum Top a 4600m de altitude. Passaram também por Kaza, e pelo seu mosteiro Tibetano, Kee Monastery, situado bem no topo de uma montanha e importante centro de treinamento para Lamas (título dado, no budismo tibetano, aos professores de Darma), onde assistiram a uma cerimónia tibetana. Circularam junto á fronteira com a China, a poucos quilómetros do Tibete. Conversaram com monges e visitaram muitos outros lugares e mosteiros com mais de 10 séculos de história, como o de Nako o preferido do Dalai Lama, passaram por um esforço físico intenso, ainda tiveram tempo para cair da mota 3 vezes, uma á noite (nada de mais além do susto), mas conseguiram chegar inteiros e com muitas histórias para contar. É verdade que correram bastantes risco, as estradas dos Himalayas são em terra, pedra e até muita água, passaram por estradas com pouco mais de 2 metros e meio de largura, situadas literalmente á beira de autênticos abismos sem qualquer proteção lateral, conduziram de noite porque se perderam, quando era fundamental que não o fizessem, quando paravam no meio da escuridão ouviam o som distante do rio bem lá em baixo, a estrada era estreita e cheia de pedras e buracos, e iluminada apenas pelo farol da mota por vezes intermitente, sozinhos sob um céu lindo e estrelado dos Himalayas, e ao som do motor de 500cc da sua Bullett, mas não tinham escolha possível, não tinham qualquer tipo de comunicação móvel, tinham de seguir em frente apesar do perigo, tinham de encontrar abrigo. Ficaram sem gasolina á noite, felizmente levavam um jerrycan de 5 litros como precaução, e que jeito lhes deu porque não deve ser nada fácil dormir ao relento nos Himalayas apenas com a roupa do corpo e sem cobertores. Foram impedidos de prossegui duas vezes, uma vez porque tinha caído uma derrocada e tiveram que esperar que uma buldozer retirasse os pedregulhos da estrada, outra vez porque uma parte da estrada tinha caído e estava uma coluna de militares indianos a transferir carga entre camiões porque um deles era muito largo para passar no que sobrou da estrada. A escolha dos locais para dormir foi também repleto de peripécias e alguns perigos, andavam para a frente e para trás á procura de local para dormir, algumas 'estalagens' de aspeto bem duvidoso. Foi uma viagem de aventura, espiritual e cultural que os fez ter a certeza de que quando 'algo' interior nos diz para avançar, apesar de tudo o resto dizer que não, devemos avançar porque tudo vai correr bem. Se não fossem, provavelmente passariam o resto das suas vidas tristes sempre que pensassem naquela viagem que um dia sonharam mas não tiveram a coragem de fazer.
No final desta aventura, já no conforto e segurança de sua casa, surgiu a vontade de abrir a possibilidade de outras pessoas passarem pela mesma experiência que eles, outros aventureiros. Limaram as arestas, eliminaram os riscos desnecessários, aperfeiçoaram a viagem, identificaram os maiores e mais importantes pontos de interesse para poder organizar expedições tipo 'Road Trip' de mota ou Jeep aos Himalaias ainda mais emocionantes que a sua viagem porque apesar de toda a aventura que passaram têm a clara consciência que perderam alguns dos sítios mais bonitos, passaram depressa demais noutros e sem tempo para contemplar o lugar incrível que estavam porque não sabiam quanto tempo de viagem ainda lhes faltava e não queriam perder o avião de volta, e alguns dos riscos corridos nas condições em que foram são provavelmente demasiados. Assim nasceu a GoSee, Adventure Trips que agora propôe uma Road Trip de mota ou Jeep, com toda a aventura e perigos inerentes a uma viagem aos Himalayas, mas com tempo para parar, contemplar e sentir este lugar magnífico e as suas gentes. Uma viagem transformadora! Outras virão...
Don´t Listen to What They say,
GoSee

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